Control Alt Del
10.22.2009
10.13.2009
10.08.2009
Tenho 27 anos e daqui a 45 dias lá terei eu 28.
Há uns meses largos – e ainda estou a perceber o que é um mês estreito – quando eu ainda morava em Viena de Áustria, resolvi inscrever-me num curso de alemão. Disseram-me que o melhor era fazer na universidade de Viena e eu fui lá inscrever-me. Deram-me a morada da sala de aula e na semana seguinte estava lá. Contente, porque iria conhecer pessoas novas e quem sabe fazer amigos. Esperava encontrar até cacifos. Algo que estava no meu imaginário antes de ter entrado para a Católica e que se tornou uma grande decepção. Na Católica não havia cacifos e também não havia rapazes giros que me pudessem apanhar o dossier quando eu propositadamente o deixasse cair. Então tive boas notas. Enfim, disseram-me que as aulas seriam dadas no Campus da universidade. Pouco mais de 15 dias se passaram e eu queixei-me a uma amiga de que afinal o curso nao estava a ser dado na universidade como me tinham dito, mas sim numa escola qualquer, porque o pessoal era todo muito novo. E aí ela relembrou-me que as pessoas que vão à universidade são realmente muito novas. E aí eu puxei pela memória, e sim, entrei com 17 anos na universidade. E então lembrei-me que já passaram 10. Tudo começou a fazer sentido, e não são eles que são muito novos. Escusado será dizer que não fiz muitos amigos. A maioria só queria falar de rapazes e pintar as unhas, ou ouvir Rammstein e fumar ganzas.
10.07.2009
Vou para cima
Hoje li um artigo sobre botões nos elevadores. Estava muito bem escrito. Falava do quão negligenciados estavam normalmente os botões que accionam as portas para abrir, e o quão riscados e abusados estavam os que fecham as portas antes do tempo. A moral é facilmente deduzida. Mas porque é que alguns de nós nos isolamos e pensamos que o melhor é fazermos a viagem sozinhos? Pouco mais de uma hora depois de ter lido o artigo, tive a resposta. Separei-me há 2 meses, e ainda hoje existem pessoas que nem tendo os direitos ou deveres de amigos, continuam a tentar invadir a minha vida. Com frases desajeitadas, insensíveis, e intrometidas. Eu sou daquelas pessoas que atira a perna ou o braço contra a vontade das portas para as segurar abertas para quem queira entrar. Faço isso nos elevadores, e faço isso na minha vida. Dia sim dia não arrependo-me.