6.20.2008

Sonho

É talvez o primeiro dia da minha vida. Sonho, e torno-me mais do que um sopro incerto num céu indefinido. Imagino, e sou forte como árvores altas. E o vento incansável que anda à roda parece dizer-me: Lembra-te dos teus sonhos. Lembra-te dos teus sonhos. Lembro-me do caminho do meu desejo para a minha garganta e grito. Grito os sonhos que tenho dentro de mim. Os sonhos que já toco com as pontas dos meus dedos. E a Terra rasga-se e eles crescem apetecíveis. Parecem pintados com tinta.
Voo por cima das nuvens e salpico-me de ar. Agarro uma nuvem ou duas. Ora mando sol, ora mando chuva. Passo os dedos no céu e sinto a frescura. Aquilo que eu quis sentir quando ouvi o que o vento me disse. A Terra foi teatro e agora o céu é o palco.