5.31.2006

Amei o desenho que fiz de ti


Ontem recebi-me de volta.
Porque a minha alma me foi devolvida.
Morada inexistente, dizia o aviso.

E com a minha alma comigo, fui pela última vez até à areia onde fizemos o nosso primeiro nós.
Naquele dia que dizes que confundo sempre, mas que nunca sai de mim.
E que impiedosamente se encosta a todos os outros dias do ano. De todos os anos.
Fui até lá e despedi-me de nós.
Despedi-me de nós.

Despedi-me de nós.

Porque é que por mais que insista, isto me parece mentira?

32 Comments:

At quarta-feira, 31 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Porque tudo o que fizeste foi colovar ponto e vírgula e queres que isso te saiba a ponto final.

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger ? said...

não será apenas a vontade de acreditar na despedida, por ter medo do voltar a encontrar?

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger Unknown said...

porque insiste em despedir-te do nós, quando tens é de te despedir...dele!! e ficar com o nós nas lembranças...

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Grande foto deste post. :)
XX J

um rápido P.S. não há "nós" como uma só entidade. Há duas pessoas que se intersectam, duas entidades que vivem um momento juntas, que dura 1h ou 1 vida. Mas são sempre duas pessoas e não "nós"=1.
Ninguém se tem de despedir de "nós". "nós" a partir do momento que é criado, vive para sempre, nem que seja em recordação.
P.S.2. acho que é necessária a tradução do PS1.
P.S.3. gosto mesmo da foto do post :))
P.S.4. surgiram dois comments enquanto escrevia o meu.
P.S.5. não há!

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger Z said...

Sim, e todas as pessoas que nos marcam fazem parte de nós. :)
E acredito que o amor não morre. Só se transforma. :)
Adoro esta foto, J.
XX para ti também.

Andaste desaparecido ;)

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger Z said...

Olá Carolina. :)
Mas eu nem de despedidas gosto. Gosto de reencontros. :)

No entanto, devo lembrar, que escrevo coisas descontextualizadas, a maior parte das vezes. :)

E tu, Carolina, de onde és? Como vieste parar ao blog? :)
Muitos beijinhos.

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger Z said...

A vida é previsivelmente imprevisível.
Beijinho?
:)

 
At quarta-feira, 31 maio, 2006, Blogger Z said...

Olá R.
Um ponto e uma vírgula, acho uma boa mistura. :)
E os pontos finais podem sempre ser vírgulas tímidas.

 
At quinta-feira, 01 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

A alma que chora um momento perdido em lábios ainda quentes de desejo, não sente a triste dor que ela própria grita; porque ainda acredita que o desejo nunca mente e a cada momento perdido relança um olhar esquecido que não deixa fugir o querer que já não é esperança.

E em cada receosa alvorada que foge da manhã emergente, essa alma chora por se ter reencontrado repetindo, em frente ao espelho, perante um reflexo ausente: perder-te mais não é possivel sem desfazer o que vivi mas, se querer é poder, mais o é não poder saber como te queria quando te perdi.

Afinal, sem o reflexo de mim, como me posso separar o eu desse nós?

 
At quinta-feira, 01 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

Acho pouco provavel que escrevas coisas descontextualizadas.

"Rioooooooo-me de ver tão beeeeeeeela neste espeeeeeeeeeelho"

Isto sim, parece-me pouco contextualizado.

Quanto a esse paralelismo com o dito de Lavoisier (nada se perde, tudo se transforma), creio que só poderá ser válido se considerarmos o amor como uma equação quimica. Ou se o considerarmos parte de matéria.
Em teoria bonito, na pratica incorrecto.
Se o amor se transforma em amizade, poderemos continuar a denominá-lo de amor transformado em amizade, ou será que o simples facto de se ter transformado em algo que não o amor, nos dará para denominar esta nova coisa de "amor transformado" se já não é amor?
E se o amor se transforma em ódio?
Será que é amor odiado e será que isso é amor, e que o ódio não é se não também parte de amor?
Será que o coiote ama o bip-bip?
Será que o Joe Dalton ama o Lucky Luke?
Será que eu vi um beijo entre o artista e o crítico?

Um abraço e tudo e tudo.

 
At quinta-feira, 01 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

Um caso mais
Trovante

Enquanto foi só um bom momento deu
Enquanto foi só um pensamento meu
Deus, deu só num caso forte a mais.

Enquanto se achava graça ao que se escondeu
E a horas eram mais longas do que a verdade
Fez p'ra ser só outro caso mais.

Enquanto for só ternura de Verão
Eu vou,
Enquanto a excitação der para um carinho
Eu dou.
Traz
Uma leveza
Ah, mas concerteza
Eu dou
Um outro melhor bom dia.

Já trocámos nortadas por vento Sul
Enquanto demos risadas foi-se o azul
Nem sei qual deles foi azul demais.

Mas não ficará só a sensação de cor
Nem sei o que o coração irá dizer de cor
Se o Inverno fôr, depois, duro demais.

Quando li o teu texto veio-me à cabeça isto. Olha que com jeitinho até fica bem a música com a tua letra :)


Beijinho
Hugo
(MSN - raistaparta@hotmail.com GET IT?) ;)

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

raios ka miuda escreve bem, ahmm!! :) bjs garota

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger Z said...

Joao Migueeeeeeeeeeeeeeel.
Obrigada, sarado. ;)

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger Z said...

Hugo, um outro melhor bom dia, para ti.
Já te adicionei ao MSN, mas não uso muito aquilo. :) Beijos.

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger Z said...

Vaca que sorri, olá. :)
Rio-me de ver tão bela neste espelho. O que é o contexto? Digo que as palavras, por vezes, me saem descontextualizadas porque vou buscar as sensações ao passado e ao futuro. Não quer dizer que as esteja a viver agora, e daí dizer que é um poema descontextualizado. ;) Mas em análise última, tudo faz parte do meu contexto. E mesmo não estando a passar pelas situações que escrevo, sinto-as, nem que seja apenas enquanto as passo para o papel.
Podia falar-te do princípio da correspondência, que concerteza conheces, o que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima. ;) Mas também posso falar aqui do princípio da polaridade, dizendo que o igual e o desigual são a mesma coisa, e os opostos são idênticos em natureza, apenas diferentes em grau. Posso dizer-te que os extremos se tocam e que todas as verdades são meias verdades. Quando digo que escrevo fora do contexto por vezes, isto é uma meia verdade. E de discutirmos sobre os paradoxos que podem ser reconciliados? E o que isto tudo tem a ver com a minha resposta? Estará ou não descontextualizado?
Se dizem que nada está parado, e eu acredito, o amor está sempre em movimento. Vive em oscilação, em equilíbrios, em desequilíbrios. E sim, acho que se transforma. Acho que nós somos amor, não querendo resvalar para uma conversa de Igreja Universal. E damos amor, e são sempre diferentes tipos de amor, daí achar que não se deva comparar. O que é o Amor? Eu tenho tantas palavras para defini-lo. E principalmente olhares. E atitudes. E sei que me faltam ainda conhecer muitas mais palavras. Muitos mais olhares. Muitas mais atitudes. Estamos em constante metamorfose. E a nossa maneira de amar é sempre diferente, ainda que igual. E voltamos ao mesmo. Porque mudamos sempre e voltamos sempre ao mesmo, ainda que nos alterando. Acho que devia era ir beber uma Coca-Cola, porque já não sei se estou a fazer muito sentido. ;)
Rio-me de ver tão bela neste espelho.
Eu acho que o Joe Dalton e o Lucky Luke se admiram. Não será esta uma das 123,123123(3) formas de amar? E a bip-bip? Não será a bip-bip uma típica rapariga indecisa e o coiote, um belo rapaz? :P

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger Sérgio Mak said...

Mas, e a indiferença?
O conceito maniqueísta, de apenas haver o bem e o mal, o branco e o preto, o amor e o ódio, certamente mataria a ideia da indiferença.

E, quer queiramos quer não, a indiferença é o fiel da balança, é o que nos faz querer dar um passo em frente ou um passo atrás. Ser indiferente não é ser nulo, não é o desprezo (uma das faces do ódio), é estar no ponto em que te podes balancear e cair para um lado ou para o outro...

Quem crê na indiferença como uma cura do amor ou um estágio mais calmo do ódio, crê numa miragem.
A indiferença é um miradouro, que nos permite observar a paisagem e decidir se a abraçamos ou lhe voltamos as costas...

Por isso, houve uma altura em que o Bip-bip e o Coiote certamente olharam um para o outro sem saber o que fazer... a relação começou depois.

 
At sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger E said...

thanks for the comment :) e mto bons textos :) beijinhos

 
At domingo, 04 junho, 2006, Blogger Z said...

Pvnam,
Sabes quantas vezes escreveste parasita branco e a maioria dos europeus?
:P

 
At domingo, 04 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

O chocolate branco também é bastante bom...

 
At segunda-feira, 05 junho, 2006, Anonymous Anónimo said...

é muito doce

 
At segunda-feira, 05 junho, 2006, Blogger Z said...

Frank, seja bem vindo ;)

 
At segunda-feira, 05 junho, 2006, Blogger JOÃO said...

essa mentira está bem evidenciada quando repetes o despedi-me de nós . Já não me lembro quem disse, mas uma mentira quando é dita muitas vezes acaba por se tornar uma verdade. Será o contrário também válido?

well...

Gosto muito do que escreves.

Passa no meu blog :)

Beijinhos!

 
At segunda-feira, 05 junho, 2006, Blogger Unknown said...

Parece que um amigo comum me trouxe até aqui!
Mesmo sendo ideias soltas e descontextualizadas, estás de parabens...gosto muito do que escreves.
Tb não gosto de despedidas, mas olha, elas vão acontecendo!!
bjinho

 
At segunda-feira, 05 junho, 2006, Blogger Sérgio Mak said...

Mais do que um fim, a despedida é um princípio. Por vezes é preciso dizer adeus, para (re)encontrarmos o que procuramos, nem que sejamos nós mesmos...

Procura-me e não me encontrarás, procura-te e logo me acharás :)

 
At terça-feira, 06 junho, 2006, Blogger Z said...

Uma verdade muito dita pode perder a vitalidade, mas acho que nunca se torna mentira. Caso para pensar, Johnny. ;)
Vou ao teu blog agora. Beijinho grande.
Franz Ferdinand. Yeah. ;)

 
At terça-feira, 06 junho, 2006, Blogger Z said...

Carrie, estive a ler o vosso blog e parti-me toda a rir. O Dia de tráfego no rato está brutal.
Eu acho que nunca nos despedimos verdadeiramente de alguém que nos marcou muito. Mesmo que não haja um sentimento forte no presente, as memórias acompanham-nos sempre. Não acredito em grandes despedidas. :) Seja isso bom, ou mau.
Muitos beijinhos.

 
At terça-feira, 06 junho, 2006, Blogger Z said...

Carolina, que amigo? :)
Tens algum blog?
Beijinho grande.

 
At terça-feira, 06 junho, 2006, Blogger Z said...

Gosto do que escreves, Copyleft.
Beijos.

 
At terça-feira, 06 junho, 2006, Blogger Unknown said...

o Gustavo...sim tenho.. brancobranco..blogspot.com e passapor..blogspot.com.

beijinho..e continua a escrever que eu sou leitora assidua!

 
At terça-feira, 20 junho, 2006, Blogger Stranger said...

Respondo-te aqui?

Amor..doença ou cura?

AMOR:

"O amor é a melhor coisa que existe no mundo. Mas o futebol ainda é melhor!" Guilherme - 8 anos

"Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados." Ana - 6 anos

"O amor encontramos mesmo quando nós tentamos nos esconder dele. Eu fujo dele desde os 5 anos mas as raparigas conseguem sempre encontrar-me." Nuno - 8 anos

"O amor é a loucura. Mas quero experimentar um dia." Fabio - 9 anos

"Amor é a galinha....ou será o ovo?!" Mister Palou ;)

 
At segunda-feira, 26 junho, 2006, Blogger SerendipityMan said...

Adoro a tua escrita!

 
At terça-feira, 27 junho, 2006, Blogger Carlos Delfina said...

Parabéns.
Excelente Blog, grandes postagens, bela escrita.
Votos de boas inspirações...

 

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