9.26.2006

De alma recolhida

O quarto estava frio. O quarto estava frio e ele lia, As armas e os barões assinalados que da Ocidental praia Lusitana por mares nunca dantes navegados passaram ainda além da Taprobana em perigos e guerras esforçados mais do que prometia a força humana. O quarto estava frio, ele lia, e as cortinas tocadas pelo vento encostavam-se às janelas. Ora cresciam onduladas. Ora diminuíam encolhidas. O Ricardo esticava o braço, a mão e as pontas dos dedos. O Ricardo recolhia o braço. O Ricardo recolhia os olhos. E levava novamente o olhar para, Aqueles que por obras valerosas se vão da lei da Morte libertando.
Quando a luz já não o deixava ler, guardava o livro na cómoda e as mãos quietas debaixo do lençol. Fechava os olhos castanhos de tristezas tamanhas e inspirava fundo, desconfortavelmente bem fundo. Sentia dores nas pernas e comichão nos pés. Ignorando-as, recolhia as lágrimas que já lavavam os olhos, ajeitava a almofada e adormecia. As lágrimas juntavam-se e formavam rios, dos rios cresciam mares. E as sombras do vai-e-vem das cortinas continuavam.
De olhos fechados, o campo era largo, a noite escura e ele corria. Tinha 6 anos e brincava com os amigos aos invasores. Enquanto todos se defendiam ele atacava, porque a mãe sempre lhe disse que, A melhor defesa é um bom ataque. E ele sempre ouvia a mãe. Por isso, escondido atrás de pedras e buracos que faziam de trincheiras, soltava um grito de guerra e saltava vitorioso de espingarda na mão em forma de cajado, numa investida que lhe valeria depois uma cicatriz. A correr, saltou em falso e os pés e as mãos correram no ar, até caírem com o resto do corpo na vala. Arrancou os olhos do chão e depois as silvas das pernas e dos braços. Não chorou. A saliência estreita na perna direita passou a fazer parte dele. E para adormecer, enquanto uns contavam carneiros, ele passava a mão na cicatriz até adormecer.
A mãe entrou no quarto e disse, Bom dia. Ele não a ouviu. Abriu as cortinas do quarto e prendeu-as com as fitas. Deu-lhes dois laços. Queria que o Ricardo olhasse pela janela. Que ele ainda quisesse ver tudo, tocar em tudo. O Ricardo, que tinha os olhos nas pontas dos dedos. O Ricardo, que se entretinha a observar as pessoas e a calcular-lhes a vida pelos olhos, pelas roupas, pelo andar. Que corria em vez de andar. Que se ria em vez de sorrir. Prendeu as cortinas com as fitas e deu-lhes dois laços. Porque ela queria o Ricardo como ele era antes de ter tido o acidente. Antes de lhe terem amputado as duas pernas abaixo do joelho por causa de um acidente de mota. Antes de lhe terem cortado as pernas abaixo do joelho por causa de um homem que vinha em sentido contrário num carro roubado. Por causa de um homem que saiu ileso do acidente, sem uma cicatriz. Por causa de um homem que ainda pode andar e ainda conduz por estas estradas de Lisboa. O Ricardo ainda precisa de tempo para se habituar. Para se esquecer que teve pernas durante 21 anos ou para aprender a viver sem elas o resto da vida. Tens de reagir, disse-lhe a mãe ao prender as cortinas com as fitas. Ele não a ouviu. Não a ouve nem ouve ninguém. E com as dores do passado, deixa-se todas as noites adormecer. Mas temos de lhe dar tempo. Porque ele ainda sente dores nas pernas que não tem. Comichão nos pés que não tem. Ainda sente vontade de adormecer a passar a mão na cicatriz da perna que não tem.
Falta qualquer coisa neste texto para o fechar, mas não o consigo acabar. Mas a mim, só me faltam as palavras.

38 Comments:

At terça-feira, 26 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Até que enfim! Demorou mas foi... Finalmente deu-se ao trabalho de escrever com "e" maiúsculo.

Bem haja.

 
At terça-feira, 26 setembro, 2006, Blogger Xana said...

Triste...

 
At terça-feira, 26 setembro, 2006, Blogger João said...

A brutalidade dessa realidade foi bem secundada pela do texto...porventura só para nos colocar no nosso lugar a nós, que julgamos ter problemas.
beijos

 
At terça-feira, 26 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

os olhos castanhos de encantos tamanhos
os olhos castanhos de tristezas tamanhas
:) logo, os olhos castanhos encantam pq são tristes?
infelizmente, o sofrimento existe nas mais variadas formas.
descrever o sofrimento por palavras ou imagens não é fácil. isto acontece pq somos anestesiados diariamente através dos "media". mais uma perna q se foi, mais um esparramado no chão, mais um q pisou uma mina... leiam, leiam. vejam, vejam. apregoam.
provocamos acidentes só para poder ver outros acidentes. será devido a uma curiosidade mórbida ou á necessidade de anestesia?
por vezes surgem imagens e neste caso textos, para os quais não existe qq anestesia

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Sim, Joao... Às vezes preciso de me acordar. E gosto de tentar acordar quem vive a dormir. Preocupamo-nos com coisas que estao nas nossas maos resolver. Preocupamo-nos com antecedencia, ou sem ja podermos fazer nada. Devemos é ser. Aproveitar a vida com consciencia... e em felicidade. Porque está tudo dentro de nós, pelo menos é assim que eu penso. Nao há felicidade fora de nós. Há motivos de felicidade que só sao aproveitados quando em nós somos felizes. Vou é dormir, ehehehe... Beijinho grande. Gostei muito do teu comentário.

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Nao acho que a tristeza encante... bem, a mim nao encanta. Sempre que digo ou escrevo olhos castanhos, a música comeca a tocar cá dentro, é mais forte que o meu pensamento. Aliás, a música acompanha-me sempre, uns dias mais repetitiva que outros. ;)
Tens razao, infelizmente somos bombardeados com tragédias porta sim, porta sim. Acabamos por ver as coisas às vezes como números e nao como pessoas com vidas destruídas, inacabadas, amputadas, diminuídas, diferentes, inacessíveis, ou sem vida... Todos os dias quero ser melhor do que nos dias anteriores. Beijinho grande para ti, obrigada pelo teu comentário. Encheste-me a alma. Para a próxima, se puderes, deixa um nome. :) Beijo.

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Xana, beijinho grande. Fico contente por ver que vens aqui de vez em quando. :)

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Rsc, ehehehehe... O que tens tu contra os meus poemas? :P
Beijinho grande.

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Continuem a deixar comentários sempre que vos apetecer. Gosto muito.

Provavelmente nao vou conseguir escrever com regularidade porque vou até à minha terra natal dar uns mergulhos, mas assim que voltar, sacudo todas as palavras escritas em guardanapos. E se ainda me aceitarem de volta... :)

Vou tentar também encontrar cafés com internet.
Beijinho grande,
Sof.

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

o anonimato dá aquela sensação de marginal... mas não é simpatico.
vê lá não faças como um amigo meu q foi ao brasil 2 semanas e devia ter regressado este fds. preocupados, fizemos uns telefonemas para acabar por descobrir q tinha perdido o avião e só regressa dia 9. hahaha. para falar verdade, até seria de esperar, não fosse no trabalho tb não saberem de nada.
diverte-te

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Z said...

Vou para Salvador. Muitos beijos. Obrigada, Snark.

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger ? said...

Zofia, doce Zofia!

 
At quarta-feira, 27 setembro, 2006, Blogger Pedro Gamboa said...

A mim também me faltam as palavras.
Um texto carregado de sentimento, faz-nos reflectir.

Saudações

 
At quinta-feira, 28 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Texto forte...
Classificação: (no comments) :)

Serás sempre bem-vinda a ti ;)
Bons mergulhos quentes.
Um beijo grande

 
At quinta-feira, 28 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Que dor horrìvel!! Nem consigo imaginar o que será uma dor assim

Conduzimos mal de mais em Portugal.
As estradas, os sinais podem ser maus, mas o problema somos nós mesmos.Uma completa falta de civismo e de cabeça também.Só pegam os passatempos da tanga -Tunning?! era mesmo o que um país de condutores bons como o nosso precisava :(

 
At sexta-feira, 29 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

é um texto da Sofia, acho que isso já serve como elogio... a estoria, faz-nos lembrar de que nos queixamos de barriga cheia, é Triste

beijinhos e bons mergulhos, traz uma kaxaça para mim :P

 
At sábado, 30 setembro, 2006, Blogger Z said...

Franchesko, nem vais acreditar...
Nao posso dar mergulhos, no aviao um vaso arterial no colo do meu utero abriu, e tive uma hemorragia durante horas, nas ultimas duas ou tres horas da viagem. Em pleno atlantico, sem me poderem fazer nada, sangrei tanto que as minhas calcas mudaram de cor, o banco e por onde me carregaram mudaram de cor. Saih em bracos do aviao, por outra porta, fui transportada numa ambulancia ate ao hospital mais proximo, puseram-me a soro, fui analisada e depois operada sem anestesia, porque tinha comido no aviao antes do vaso arterial ter rebentado com a pressao. Nao posso andar bem, tive alta soh hoje, o medico disse que tive sorte em ter tido a hemorragia nas ultimas duas horas porque com a quantidade de sangue que estava a perder, se tivesse sido a meio da viagem ele nao sabe o que poderia ter acontecido... estava a perder tanto sangue que parecia que tinha sido baleada, ou seria eu uma fonte...
Nao posso ir mergulhar. Nao posso andar. Mas estou bem. Agora tenho de recuperar. Mais uma estoria para contar, com um final feliz. Antes isto, do que o aviao cair. Temos de pensar sempre de maneira positiva. As dores fisicas superam-se. Nao ha nada que nao se consiga superar. E so descobrimos o tamanho da nossa forca nas horas H.
Beijinhos para todos. Que bom que pelo menos tenho um portatil com internet.
Agora tenho de vos dizer, as enfermeiras e os auxiliares de enfermagem foram impecaveis comigo. Humanas, preocupadas, queridas, como nunca o foram as do Hospital Sta. Maria.
Nos somos tao frageis, a nossa vida pode mudar numa milesima de segundo. Mas so a morte nao se resolve.

 
At sábado, 30 setembro, 2006, Anonymous Anónimo said...

caramba...
vais passar a constar da lista negra das companhias aereas como a destruidora de cadeirões :)
tens sorte de ter um portatil. eu por exemplo, cada vez q ficava doente em casa, a minha mãe oferecia-me um livro de BD.
como na minha infância fiquei mais vezes doente do q a esperado, tenho uma colecção de BD invejavel

 
At sábado, 30 setembro, 2006, Blogger Pedro Gamboa said...

Um beijo grande de força!!
Como somos frágeis, admiro a tua força, por vezes escrevemos aventuras, coisas que criamos, que nascem dentro de nós, mas que não são mais que isso…
Tu viveste uma, e que aventura…
Mando-te daqui emanações positivas, e que fiques perfeitamente bem o mais depressa possível!

 
At sábado, 30 setembro, 2006, Blogger Z said...

Pedro, Snark, beijinhos grandes. Obrigada.

 
At sábado, 30 setembro, 2006, Blogger Isabel Granés said...

sofia!

o teu texto é brutal como só tu escreves, mas li agora o que contaste!! como é que tu estás?
espero que te ponhas boa depressa, amiga. um grande beijinho.
isa

 
At domingo, 01 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Li agora o que te aconteceu e nem quis acreditar... um beijo grande e recupera bem! Baci R.

 
At domingo, 01 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Oi amiga, que situação horrível!!
Foi bem perigosa,espero que não tenhas tido muito medo...
Ainda bem que estás bem!!
Descansa bem aí pelo Brasil!Desejo-te uma recuperação rápida e uma viagem de regresso "uneventful" :)

Beijinhos
Muita força para ti... :)

 
At segunda-feira, 02 outubro, 2006, Blogger Pericles Pinto said...

Para o Ricardo: Quando tiveres paciência, dá uma vista de olhos pelo meu blog.
Acho que há por lá um ou outro post mais inspirado que te fará sorrir um bocado.

Um grande abraço.

http://muitosuave.blogspot.com/

 
At terça-feira, 03 outubro, 2006, Blogger Z. said...

Isso já dava material para um grande post. Que tal "esvaziando-me no atlântico"? Hã, hã?

 
At terça-feira, 03 outubro, 2006, Blogger o (grande) autor said...

a vida é mesmo frágil, mas só nos apercebemos disso quando algo como o que te aconteceu nos acontece.
muitos beijinhos de melhoras.

 
At terça-feira, 03 outubro, 2006, Blogger Sandro said...

Já li o texto umas 3 vezes...
acho que me ficaram a faltar as palavras também.
Se pudesse escrevia o sentido da tristeza que tomou conta de mim, mas não é esse o sentimento preciso neste momento.
Neste momento escrevo as palavras que acho mais necessárias ao próprio Ricardo:
FORÇA! AMIZADE! CORAGEM! DETERMINAÇÃO! VONTADE DE VIVER PARA ALÉM DAS BARREIRAS QUE NOS SÃO IMPOSTAS, MAS QUE NÃO CONSTITUEM FRONTEIRAS IMPOSSIVEIS DE ULTRAPASSAR!

E um beijo para ti Zofia, que escreves assim... e basta isso...

 
At terça-feira, 03 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

um abraço.
eu tb tive a terrivel experiência de entrar na urgência de um hospital deitado. só se vêm os candeeiros dos tetos dos longos corredores. ouvem-se pessoas a falar. as vezes acerca de nós. e dá para nos sentirmos completamente indefesos.
mas tal como tu acho que tive a sorte, ou foi a sensação com que fiquei, de ter sido muito bem tratado. pessoas muito humanas e preocupadas. afinal, com as historias que ouvimos do que se passa nos hospitais há razões para ter algum medo...
tive medo de ficar coxo. de ja nao poder surfar, andar de bicla, correr, nadar, o snowboard.
sao pensamentos a mil à hora.
quando me apercebi de outras situações ali ao meu lado entendi melhor a condição humana. precisamos muito uns dos outros.
vi pessoas que para alem de estarem mal, estavam muito sozinhas.
acho que ainda é mais dificil viver a situação se estamos sozinhos.
e, também por isso, quero que saibas que estou contigo.
beijos
melhoras rápidas
:)
rodrigo

 
At quarta-feira, 04 outubro, 2006, Blogger [ momentos ] said...

um beijo de melhoras.
foram-se os mergulhos, mas ficou uma historia com final feliz. isso é que interessa. bjo.

sobre o post, fica a certeza que na vida, há pequenos segundos que mudam tudo. o ricardo passou no sitio errado à hora errada. eu, ha 6 anos tive um acidente, porque o condutor que vinha na outra faixa adormeceu e despistou-se, tbm estava no sitio errado a hora errada. coicidencia macabra de me cruzar com o outro carro no exacto momento que ele atravessou a faxa. bateu de frente e o motor ficou cravado na parte de baixo do meu assento (ia de pendura). sorte macabra eu ir a dormir e levar os pes em cima do tablie...
ainda hoje, agradeço a alguem la em cima pelo facto de nao ter acordado antes do embate...

 
At quinta-feira, 05 outubro, 2006, Blogger Stranger said...

A meio do post comecei a pensar exactamente o q escreves depois no penultimo....arrepiante.Sei cm t sentes o meu amigo,infelizmente,nem na cadeira de rodas ficou É pena mas n nos preocupa mos com os outros...egoistas

 
At quinta-feira, 05 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

if I - Nov. 30, 2005 at 04:56 PM
"If I advance, follow me. If I stop, push me. If I fall, inspire me"

 
At sábado, 07 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

O texto está de cortar a respiração e humedecer o olhar ao mesmo tempo...parabéns!

Espero que já tenhas saído do quarto sem quadros e te sintas melhor...

Aqui fica algo que espero que reforce ainda mais a tua vontade de sorrir para a vida!

http://www.youtube.com/watch?v=vr3x_RRJdd4

 
At domingo, 08 outubro, 2006, Blogger Z said...

Ola pessoal, so para deixar um beijinho.
Ja ando bem, mas nao da ainda para correr, ehehe. Ja quase nao tenho dores - isto parece uma telenovela venezuelana - mas ainda tenho de me manter em repouso. O que vale eh que estou presa no Brasil e nao na Siberia. Sempre posso descansar na praia. Fui agora ah minha medica - isto parece mesmo uma telenovela venezuelana - foi incrivel, tao incrivel que acho que quando quiser ter bebes, vou escolhe-la para fazer os partos. Estou cheia de saudades de Portugal, por mim, ja estava ai, mas so posso andar de aviao no final do mes...
Muitos beijos, escrevo soh para vos descansar, estou bem melhor.
Adorei as vossas mensagens, comentarios e sms.
Beijo, beijo, beijo.
Sof.

 
At terça-feira, 10 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

pessoalmente, prefiro as novelas mexicanas. mas tudo o q seja em espanhol e dobrado em brasileiro marcha :)
para a coisa ser plena, só falta encontrares o principe encantado e terem mt filhinhos nessa tua clinica com a tal médica. hehe.
é claro q nem tudo serão rosas até ao momento do enlace eterno. ciumes, invejas, traições, mexericos, saltos de paraquedas, amor, ódio, escárnio e mt mais. aliás, a cena do avião é quase no final.
saudade é um sentimento q segundo creio, só existe em português. gostamos mt dela. do fado tb.
dizerem q fomos em caravelas á procura de novas terras, tesouros e especiarias é completamente falso. fomos em busca de saudade

 
At sexta-feira, 13 outubro, 2006, Blogger Z said...

Adorei isso que disseste, em busca de saudade...
Estou aqui na minha terra e já estou bem. Agora vou aproveitar o sol, já que ainda nao posso viajar para Portugal. Beijinho grande para todos, amigos.

 
At sexta-feira, 27 outubro, 2006, Blogger Belinha said...

Não sei se a história é verídica, mas será com certeza a história de muitos e muitas jovens por esse Mundo fora.

Exprimiste extraordinariamente a dor que se deve sentir, o nó na garganta que corta a respiração de cada vez que os Ricardos pensam naquilo que lhes falta, naquilo que perderam...
Fantástico texto...

Só um apontamento humorístico:
Ler 'Os Lusíadas'?!? :p

 
At segunda-feira, 30 outubro, 2006, Anonymous Anónimo said...

andas mt calada.
será a partida ou o regresso q se aproxima :P
'should I stay or should I go...'
afinal é a 1 ou a 3?

 
At quinta-feira, 02 novembro, 2006, Blogger Z said...

Beijo grande para todos.
:)

 

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