2.08.2006

Pensar grande

Ainda que os meus passos sejam vistos pelos outros como inúteis, eu sei que vou deixando pegadas pelo caminho. Vou marcando as árvores à medida que passo por elas. Vou deixando também migalhas mas nem penso em voltar atrás. E não me assusta arriscar. Não tenho pânico de corredores compridos e escuros. Até porque depois de eu provar uma laranja tão doce, não me posso contentar com apenas metade. Vou espremê-la até ao fim. Se a última gota for amarga, será apenas um dissabor. Porque eu não tenho medo de saltar. De correr, apanhar balanço e saltar. Não posso transpor um abismo com passinhos de bebé.

2 Comments:

At quarta-feira, 08 fevereiro, 2006, Anonymous Anónimo said...

Não assustaria arriscar se soubéssemos sempre que podíamos voltar atrás :-)

Peço desculpa pelo excesso de rimas...já tem algum tempo...e saiu assim
ENCRUZILHADA

De reflexão, é o momento

Grave, solene, silêncio escuro

Olhar distante, ausente, voando entre situações passadas

Implacável juiz de decisões antes tomadas e agora reflectidas

São caminhos, são escolhas, são vidas!

Sobrolho franzido, soçobrado ante o peso da divagação

Dúvidas, angústias, encruzilhadas...como pode ser tortuosa a estrada da decisão!

Caminharei sozinho, triunfante, sobre os destroços da desilusão

Dos enganos, muitos, que experimentei

Das mágoas - tantas! – que carreguei

Dos becos sem saída onde parei, dos buracos de onde parecia não haver saída!

De tudo escapei, a tudo sobreviverei

Fica a sabedoria, a experiência...a vida!

 
At quarta-feira, 08 fevereiro, 2006, Blogger Z said...

Isso mesmo ;)
Fica a sabedoria.
Saber caminhar sobre as ruínas.
Muitos beijinhos.

 

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