5.08.2006

Efeitos secundários

Colapso temporário.
Alucinações, ilusões e sensações de paranóia.
Psicose tóxica.
Confusão de pensamentos.
Falta de memória.
Sintomas de ansiedade.
Depressão.
Ataques de pânico.
Aumento e diminuição da pressão arterial.
Bronquite, asma e outros problemas respiratórios.
Sensibilidade à luz.
Apatia.
Aumento da frequência cardíaca.
Doenças pulmonares.
Nos homens, diminuição de testosterona e inibição irreversível da espermatogénese.
Nas mulheres, a supressão da LH plasmática que pode originar ciclos anovulatórios.
Problemas cardíacos.
Impotência.
Se a pessoa sofre de problemas psicológicos, os sintomas agravam-se.
Esquizofrenias e outras psicoses podem ser desenvolvidas, se estiverem latentes ou se existir um antecedente na família.

Os efeitos da cannabis surgem repentinamente, variando consoante as doses, da potência e do grau de pureza da droga, da personalidade, da sensibilidade do consumidor, da expectativa em relação ao consumo, da maneira como é consumida, do humor do consumidor e das experiências anteriores. E da sorte de cada um.

Ainda não são completamente conhecidas as consequências que a cannabis pode ter para a saúde. Em certos casos, ainda que raros, uma dose pequena pode desencadear efeitos normalmente obtidos com altas doses. É esse o problema. Nunca se sabe o que pode acontecer. Podemos fumar uma ou outra de vez em quando e passarmos a sofrer de uma coisa grave, como esquizofrenia, e pensarmos que todos nos querem matar, ou podemos fumar umas todos os dias e ficarmos apenas com memória de peixe.

Não quero fazer papel de retrógrada ou de menina do coro. Aliás, não quero fazer papel nenhum nem enrolar ninguém nem nada. ;) Foi apenas um desabafo. A maioria dos meus amigos fuma de vez em quando, ou já experimentou. Cada um sabe de si, faz o que quer e todos sabemos o que andamos cá a fazer. Normalmente, as coisas não correm mal, mas estamos num campo imprevisível. Minado. Nunca se sabe se nos vai deixar amputados.



Cannabis, cannabis aos molhos, por causa de ti choram os meus olhos.

Um conhecido disse-me uma vez que eu era medricas. Eu sei que não sou. Disse-me ainda que eu estava a desperdiçar a minha vida ao não experimentar determinadas sensações ou estágios aos quais só chegaria desta maneira. Mas por tudo isto que escrevi aqui, e por tudo o que tenho vindo a ler desde que me informei pela primeira vez, é que apesar da normal curiosidade, nunca experimentei. Não gosto de chorar por parvoíces.

E desculpem lá a overdose de posts sobre este tema. :)
Muitos beijos.

19 Comments:

At segunda-feira, 08 maio, 2006, Blogger Sérgio Mak said...

Podia fazer chavões sobe a vida poder ser uma droga e vice versa, mas nem é por aí...

Quem coloca os outros como medricas, blá blá por não querer experimentar drogas, etc procura apenas um justificativo para si mesmo. Do género, ah eu sou liberal, eu não tenho medo de arriscar, sou mt ousado...BULLSHIT

Eu não julgo amigos meus q usam (na vertente leve), mas recuso ser julgado por eles por n consumir... Eu não tenho necessidade, vontade, desejo de ir por aí e ninguém me há de levar se eu não quiser...

Qt resto, quem não é capaz de decidir por si e vai pela cabeça dos outros, ainda vai dar muita marrada na parede...

 
At segunda-feira, 08 maio, 2006, Blogger Z said...

Sim. Também não julgo, só dou a minha opinião se ma pedirem.
Mas já fui criticada e esgotada por não entrar na onda. De qualquer modo, se eu experimentasse não seria pela insistência ou pelo que me disseram exaustivamente. :) Seria porque quereria, e até à data nunca quis.
Beijinho grande, Mak. Por acaso pensava que tu andavas a dar no cavalo ;) não és tu que gostas de equitação? :P
Que piada de mau gosto. Desculpem.

 
At segunda-feira, 08 maio, 2006, Blogger João said...

Que má onda...cheira-me que não vai acabar bem. É daqueles assuntos que, pura e simplesmente nã se...esfumam no ar. Bute mas é dar um xuto...no assunto. ;)
Ninguém obriga ninguém e o maior crime é mesmo a ignorância. Fica o teu aviso, Sofia. A vida é o que fazemos com ela.

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Toda a "anestesia" é passageira e não constitui solução para qualquer tipo de problema ou carência. E todos os animais são iguais mas há uns que são mais iguais que outros.

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Não tens nada que te desculpar .É óptimo haver pessoas como tu que sabem perfeitamente o que querem e sabem escolher o que é certo.
Eu ganhei um grande respeito às drogas e sei que já não sou a mesma pessoa que era.Um pouco louca fiquei mas de qualquer das formas gosto de mim assim, até porque ultrapassei a barreira.
Obrigado pelo teu artigo.

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Blogger Z said...

Obrigada pelo teu comentário, @iram.

Nem sempre eu sei escolher o que é certo. Mas vou tentando todos os dias acertar da próxima vez. :)

Fico contente por teres ultrapassado. E todas as coisas, as boas e as más, fazem de nós o que somos agora. Também acredito que tudo tem uma razão de ser, e é sempre para o nosso bem, nem que seja a longo prazo e difícil de ver no momento. :) Pelo menos, gosto de pensar assim.

E loucos, todos somos. Há quem me chame alucinada ;) e eu até gosto, porque é a verdade. :)
Por isso, um beijinho grande de uma para outra louca ;)

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Podes falar também daquele teu amigo que uma vez te ligou com um ataque de pânico as 4 da manhã e da outra vez que ele passou um fim de semana inteiro a atrofiar (acabando por não ir até uma certa discoteca em sta apolonia) após ter consumido uma elevada dose de estupfacientes.

Bem, o que interessa é que isso já faz parte do passado.

E podiamos ficar aqui horas e horas a falar sobre este assunto...

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Blogger Z said...

Adoro-te, Anónimo-Muito-Pouco-Anónimo-Para-Mim, e tu sabes disso. :) Fiquei muito preocupada contigo. E sim, faz parte do passado. Quando é que vamos a um cineminha?

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

o anónimo também gosta muito de ti e já tem muitas saudades de falar contigo =)

Ainda voltando ao tema do post, acho que fazes bem em n experimentar.
Eu acho melhor nem começar a escrever mais se não nunca mais paro :)
Olha, não achas que a idade q temos agora é tão estranha quanto a adolescência, visto que nos estamos a tornar verdadeiramente em adultos?

Desafio-te a escrever sobre isso.

Temos que inverter a tendência do "moramos longe e nunca nos vemos", sem dúvida.

Beijos!

 
At terça-feira, 09 maio, 2006, Blogger Z said...

Sem dúvida. :)
Beijos. Nas férias vai ser mais fácil.

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Este assunto é extremamente simples, ora vejamos, ha uma minima percentagem de pessoas que não consome, nem nunca experimentou, simplesmente porque.... nao precisa, para atingir os tais estados ultra-sensoriais (lol)... Olha é tipo o Asterix e o resto dos ixs lá da aldeia, ele nao precisa da poção mágica porque caiu no pote á nascença, Zofia tu se calhar cais-te no pote tambem, logo nunca sentiste necessidade de experimentar, uma coca-cola chega para fazer filmes lolol!

Os outros todos... sao os Obelixs e afins da nossa Aldeia ;)

Eu sou um Asterix :)

Beijinhos Gata das Botas*

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Blogger João said...

Apenas uma correcção: quem caiu no caldeirão de poção mágica quando era pequeno, foi o Obélix, para que conste :)

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

Yah lapso meu a troca dos nomes, eu sou um Obelix, mas em grande forma física AHAHAH

Asterix larga as drogas :P

Fica a ideia ;)

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

vamos todos deixar de fumar cannabis e viver felizes até aos 115 ! e pelo caminho cortamos o contacto com tudo o que nos faz mal e vivemos até aos 232 :)
pena nao terem inventado o soma !

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Blogger Z said...

Já me tinham chamado Obelix, por acaso. E eu que o mandei fazer missangas para o além...
Afinal não me chamou gorda. Oops, 2 late. Desculpa Diogo, onde quer que estejas. ;)

 
At quarta-feira, 10 maio, 2006, Blogger Z said...

Alaska,
Se fumares cannabis podes viver feliz até aos 115, podes é não te lembrar de quem és...
No mínimo ;)

 
At quinta-feira, 11 maio, 2006, Anonymous Anónimo said...

podes descobrir te, ou entao podes ficar na mesma...ha tantas coisas que podem acontecer. a maneira cm olhamos para elas é que faz a nossa, e a tua, posiçao. tu tens a tua.

 
At domingo, 11 junho, 2006, Blogger Z said...

:) Bem vindo(a) ao meu blog, Acf.

 
At quarta-feira, 31 janeiro, 2007, Blogger Unknown said...

Amen sister.

 

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