2.26.2005

Viajar só

Num escritório de cartas mortas, vi apenas o sofrimento das cartas.
Apaguei os destinatários e dei-lhes vida,
Numa ingenuidade de uma realização imediata.
Sinto-me uma alma nua,
Que caminha a passos curtos e despreocupados na estrada recta,
Sem nenhum objectivo.
Caminho num mundo sem pai,
Onde os originais mortos são os meus heróis,
E deixo para trás um mundo de cópias.
Quero viajar, só viajar.
Passar sem outra forma de sociedade.
A não ser quando páro, e me reconheço na estrada.