3.12.2007

E sob um céu vago

Eis o momento.
A morte virá tarde
Porque tudo acabou cedo.

3.04.2007

As tuas palavras sobram



Passas e agitas a brisa que delira
e para ti sou sempre nova
A beberes nem me recordas

Bebes-me nos recantos em que me escondo
onde a água tem cor de vinho
e os ventos estão desatentos

E eu espero a chorar e choro um pouco mais
pelo meu homem tranquilo e transparente
que me deseja num desejo mal contido

Apagas o gosto da noite triste e lenta
e tragas as horas que findam já gastas
em nevoeiros e desencantos demorados

Desalgema-te das minhas mãos
Todos os dias imperfeitos são meus eleitos
porque a tua perfeição era mentira.